Centro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS)
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- TCCExposição de ratas à toxina botulínica "A" no início da lactação: possíveis alterações nos cuidados maternos e no comportamento tipo-ansiosoSilvestre, Maria Luiza Éboli (2023-12)
Centro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS)
A toxina botulínica do tipo A (BoNtA) atua bloqueando a exocitose da acetilcolina na fenda sináptica, levando à paralisia da fibra muscular. A recuperação da funcionalidade do músculo afetado leva de quatro a seis meses e, por isso, a toxina é indicada para o tratamento de enfermidades relacionadas com a hiperfunção dos terminais colinérgicos, como espasticidade, distonia, enxaqueca, incontinência urinária, blefaroespasmo, estrabismo, bruxismo, entre outros. Porém, há escassez de estudos conclusivos sobre o uso terapêutico da BoNtA durante o período de lactação, uma vez que estudos sobre a distribuição sistêmica da toxina e os seus possíveis efeitos adversos são inconclusivos. Assim, mulheres em fase de amamentação tendem a interromper os seus tratamentos. Os modelos animais são utilizados para a realização de estudos de toxicidade quando não há dados concretos na literatura científica, e os cuidados maternos, assim como o comportamento tipo-ansioso, são muito expressivos em espécies de roedores, podendo sofrer alterações pela administração de fármacos que possam atravessar a barreira hematoencefálica. Assim, o objetivo deste trabalho foi avaliar os efeitos nos cuidados maternos e no comportamento tipo-ansioso da exposição aguda de ratas à uma formulação comercial de toxina botulínica A. Para isso, foram utilizadas 32 ratas lactantes que receberam, via intramuscular, dose única de BoNtA (4, 8 ou 16U/kg) ou 0,1 ml/Kg de solução salina (NaCl 0,9%), no segundo dia de lactação, e foi avaliado os cuidados maternos, através dos testes de comportamento materno e comportamento materno agressivo, e o comportamento tipo-ansioso, por meio dos testes de labirinto em cruz elevado e campo aberto. Os resultados mostraram que houve um aumento no tempo de grooming realizado pelos animais tratados com a dose intermediária de BoNtA (8U/kg) no teste do labirinto em cruz elevado, realizado no dia de lactação 3 (DL3), e um aumento na latência para amamentação nos animais tratados com a dose mais alta de BoNtA (16U/kg), no teste do comportamento materno, realizado no DL5. Analisando os demais parâmetros destes testes, foi possível concluir que, em ambos os casos, estas alterações pontuais não indicam que a toxina botulínica A alterou, de fato, os comportamentos avaliados. Não houve diferença significante nos parâmetros avaliados no teste de campo aberto, bem como no desempenho reprodutivo e no comportamento materno agressivo. Conclui-se que a exposição aguda a diferentes doses de Toxina Botulínica A no início da lactação não causou alterações significantes no modelo comportamental estudado.