A visão de gestores da área financeira acerca do papel da impulsividade na tomada de decisão
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Tipo
Dissertação
Data de publicação
2015-12-17
Periódico
Citações (Scopus)
Autores
Araújo, Beatriz Tenuta
Orientador
Cesar, Ana Maria Roux Valentini Coelho
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Membros da banca
Forte, Denis
Bruni, Adriano Leal
Bruni, Adriano Leal
Programa
Controladoria Empresarial
Resumo
Decision-making is part of the routine of any person; which may come from simple choices to the most structured ones. In business environments decisions are considered to be rational - however it is possible to notice that often decisions are made based on a subjective list of unclear or illogical selections. In addition, the decision maker is also influenced by the environment to which he/she is inserted, as well as the social interactions related, leading to decision made under uncertain scenarios, via the utilization of simplified "shortcuts" to the choice of the alternatives. Decision can also de triggered by emotions or impulses, responsible for quick and "in the spur of the moment" responses, however known to be uncontrolled, unreasonable and premature - which can be understood as impulsivity. This study aims to identify the role impulsivity plays in decision-making, from the perspective of financial managers, and in the way it can be associated in the development of the decision-making competence. The study is based on the frameworks available for understanding the process from the classical point of view of decision-making based on the concept of "homo economicus", as well as the economic models of decision arising from that: bounded rationality, Theory of Expected Utility and Prospect Theory. Cognitive models of linear and bidimensional decision-making are also listed, providing inputs to "open the black box of decision” via the insertion of the role emotions, affections, behaviors and impulses play in the decision process. The qualitative study applied the non-probability sampling method intended for the data collection of the semi-structured interviews. Five financial managers were interviewed, from fields such as Controllership, Risk, Treasury and Corporate Finance; and the data was further analyzed via the content analysis technique. It was identified positive aspects of impulvisity towards decision-making, from agility and risk propensity standpoints; such as negative aspects associated with the influence of cognitive biases and social influence, over (or under) confidence, conflicts of interest and lack of rationality. Actions focusing on the development of decision-making competences in the light of the impulsive behavior were proposed by managers; subsequentenly leading to suggestions of opportunities for further studies, and the inclusion of behavioral disciplines in the curriculum of undergraduate and graduate studentes in Accounting.
Tomar decisões faz parte da rotina de qualquer pessoa, podendo partir de escolhas simples até escolhas mais estruturadas. Em ambientes de negócios, as decisões são consideradas como sendo racionais, no entanto é possível observar que muitas vezes as decisões são tomadas com base em um elenco subjetivo não claro ou lógico. Adicionalmente, o tomador de decisão ainda sofre influência do ambiente ao qual está inserido e das interações sociais ao qual está submetido, sendo a decisão realizada em cenários de incerteza e fazendo-se o uso de “atalhos” simplificados para a escolha das alternativas. Além da interação destes, a decisão também pode ser disparada por “gatilhos emocionais” ou impulsos, responsáveis por respostas rápidas e “no calor do momento”, no entanto não controladas, impensadas, ilógicas e prematura – que são entendidas como impulsividade. O presente estudo objetiva identificar a visão de gestores da área financeira acerca do papel da impulsividade na tomada de decisão, e no papel que atribuem a este tipo de comportamento na formação da competência de tomada de decisão. O estudo baseia-se no referencial disponível para entendimento do processo de tomada de decisão do ponto de vista clássico baseado no conceito de “homo economicus” e dos modelos econômicos de decisão advindos deste: a racionalidade limitada, a Teoria da Utilidade Esperada e a Teoria do Prospecto. Os modelos cognitivos de decisão linear e bidimensional também são elencados, para prover insumos à “abertura da caixa-preta da decisão”, pela introdução do papel das emoções, dos afetos, dos comportamentos e dos impulsos. A pesquisa, de natureza qualitativa, utilizou amostragem não-probabilística intencional para a aplicação de entrevistas para a coleta de dados, através de roteiro semiestruturado. Foram entrevistados cinco gestores financeiros, das áreas de Controladoria, Riscos, Tesouraria e Finanças, sendo os dados posteriormente tratados através de análise de conteúdo. Foram identificados aspectos positivos relacionados à decisão, quanto à agilidade e propensão ao risco; e aspectos negativos associados à influência de vieses cognitivos como influência social, excesso (ou falta de confiança), conflitos de interesses e ausência de racionalidade. Ações voltadas à formação de competências de tomada de decisão a luz do comportamento impulsivo foram propostas pelos gestores, sugerindo oportunidades para novos estudos e inserção do conteúdo comportamental na estrutura curricular dos cursos de graduação e pós-graduação de Ciências Contábeis.
Tomar decisões faz parte da rotina de qualquer pessoa, podendo partir de escolhas simples até escolhas mais estruturadas. Em ambientes de negócios, as decisões são consideradas como sendo racionais, no entanto é possível observar que muitas vezes as decisões são tomadas com base em um elenco subjetivo não claro ou lógico. Adicionalmente, o tomador de decisão ainda sofre influência do ambiente ao qual está inserido e das interações sociais ao qual está submetido, sendo a decisão realizada em cenários de incerteza e fazendo-se o uso de “atalhos” simplificados para a escolha das alternativas. Além da interação destes, a decisão também pode ser disparada por “gatilhos emocionais” ou impulsos, responsáveis por respostas rápidas e “no calor do momento”, no entanto não controladas, impensadas, ilógicas e prematura – que são entendidas como impulsividade. O presente estudo objetiva identificar a visão de gestores da área financeira acerca do papel da impulsividade na tomada de decisão, e no papel que atribuem a este tipo de comportamento na formação da competência de tomada de decisão. O estudo baseia-se no referencial disponível para entendimento do processo de tomada de decisão do ponto de vista clássico baseado no conceito de “homo economicus” e dos modelos econômicos de decisão advindos deste: a racionalidade limitada, a Teoria da Utilidade Esperada e a Teoria do Prospecto. Os modelos cognitivos de decisão linear e bidimensional também são elencados, para prover insumos à “abertura da caixa-preta da decisão”, pela introdução do papel das emoções, dos afetos, dos comportamentos e dos impulsos. A pesquisa, de natureza qualitativa, utilizou amostragem não-probabilística intencional para a aplicação de entrevistas para a coleta de dados, através de roteiro semiestruturado. Foram entrevistados cinco gestores financeiros, das áreas de Controladoria, Riscos, Tesouraria e Finanças, sendo os dados posteriormente tratados através de análise de conteúdo. Foram identificados aspectos positivos relacionados à decisão, quanto à agilidade e propensão ao risco; e aspectos negativos associados à influência de vieses cognitivos como influência social, excesso (ou falta de confiança), conflitos de interesses e ausência de racionalidade. Ações voltadas à formação de competências de tomada de decisão a luz do comportamento impulsivo foram propostas pelos gestores, sugerindo oportunidades para novos estudos e inserção do conteúdo comportamental na estrutura curricular dos cursos de graduação e pós-graduação de Ciências Contábeis.
Descrição
Palavras-chave
finanças comportamentais , tomada de decisão , impulsividade , heurísticas , competências
Assuntos Scopus
Citação
Araujo, Beatriz Tenuta. A visão de gestores da área financeira acerca do papel da impulsividade na tomada de decisão. 2015. [96 f.]. Dissertação (Controladoria Empresarial) - Universidade Presbiteriana Mackenzie, [São Paulo] .