Influência da atividade magnética na atmosfera solar e na propagação de ejeções de massa coronal de estrelas do tipo-solar
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Tipo
Tese
Data de publicação
2021-10-04
Periódico
Citações (Scopus)
Autores
Menezes, Fabian Marcel
Orientador
Valio, Adriana Benetti Marques
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Membros da banca
Castro, Carlos Guillermo Giménez de
Opher, Merav
Selhorst, Caius Lucius
Opher, Merav
Selhorst, Caius Lucius
Programa
Ciências e Aplicações Geoespaciais
Resumo
O Sol e outras estrelas possuem um campo magnético que permeia seu interior e superfície,
e se estende pelo meio interplanetário. A atividade estelar é conduzida pelo campo mag nético e influencia diversos fenômenos e propriedades estelares. Uma dessas propriedades
é a atmosfera solar. Medições do raio e do limbo do Sol fornecem informações importantes
sobre a estrutura e a temperatura da atmosfera. O raio solar varia em função da frequência
de observação, pois a radiação eletromagnética dominante é produzida em diferentes alti tudes da atmosfera. Portanto, diferentes camadas da atmosfera solar podem ser sondadas
com observações em múltiplos comprimentos de onda. Além disso, a atividade magnética
solar afeta processos físicos e condições na atmosfera e no meio interplanetário próximo
da Terra, o que é conhecido como clima espacial. As ejeções de massa coronal (CME) são
exemplos de fenômenos e processos físicos derivados da atividade magnética solar. CMEs
são nuvens de plasma, com o campo magnético, ejetadas da coroa solar e são os eventos
mais impactantes no clima espacial próximo à Terra. Neste trabalho, (i) utilizamos dados
do telescópio SST e observações do ALMA para medir o raio solar médio em 100, 212,
230 e 405 GHz, para analisar como suas respectivas séries temporais se relacionam com
o ciclo de atividade solar, e para investigar como o tamanho do feixe da antena e o nível
de abrilhantamento de limbo podem afetar as medições do raio e limbo solares usando
dois métodos diferentes; (ii) utilizando simulações de varreduras solares, estimamos níveis
de abrilhantamento de limbo para as frequências subterahertz supracitadas; e finalmente,
(iii) simulamos trajetórias de CMEs do Sol, Kepler-63 e Kepler-411 com diferentes pa râmetros de entrada e analisamos como esses parâmetros influenciam na trajetória de
CMEs. Nossos resultados mostraram que o método, que utiliza o ponto-de-inflexão como
definição de limbo, é mais acurado no cálculo de raio solar em comprimentos de onda de
rádio. Os resultados dos raios médios estão de acordo com a tendência raio-vs–frequência
formada por observações relatadas na literatura. As séries temporais de raio equatorial
estão fracamente correlacionadas com a atividade solar, enquanto que as séries de raio
polar estão anticorrelacionadas. Com relação ao abrilhantamento de limbo, os intervalos
estimados estão de acordo com medidas anteriores relatadas na literatura e, pela primeira
vez, estimamos os valores de abrilhantamento de limbo para frequências de 212 e 405
GHz, obtidos a partir de mapas solares de baixa resolução espacial. Por fim, os resulta dos mostram que as trajetórias de CME são mais defletidas em função da configuração e
intensidade magnética da superfície da estrela.
Palavras-chaves: atividade estelar; observações solares centro-limbo; ejeção de massa
coronal.
Descrição
Palavras-chave
atividade estelar , observações solares centro-limbo , ejeção de massa coronal , coronal mass ejections