Avaliação de funções executivas e não-executivas em adolescentes e sua relação com a inteligência
Tipo
Tese
Data de publicação
2012-08-09
Periódico
Citações (Scopus)
Autores
Sousa, Silvia Godoy de
Orientador
Capovilla, Alessandra Gotuzo Seabra
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Membros da banca
Primi, Ricardo
Macedo, Elizeu Coutinho de
Schelini, Patrícia Waltz
Rodrigues, Camila Cruz
Macedo, Elizeu Coutinho de
Schelini, Patrícia Waltz
Rodrigues, Camila Cruz
Programa
Distúrbios do Desenvolvimento
Resumo
As funções executivas referem-se, de forma geral, à capacidade do sujeito de engajar-se em comportamentos orientados a objetivos, ou seja, à realização de ações voluntárias, independentes, autônomas, auto-organizadas e orientadas para metas específicas. Habilidades relacionadas às funções executivas sobrepõem-se ao conceito psicológico de comportamento inteligente, porém alguns estudos têm revelado inconsistências na relação entre tais funções e inteligência. Nesse sentido, o presente estudo investigou a relação das funções executivas e não-executivas com a inteligência. Especificamente, foram analisadas as diferenças entre grupos com inteligência média, inteligência superior e inteligência muito superior nas funções executivas e não-executivas; possíveis efeitos de gênero sobre o desempenho em funções executivas, não-executivas e inteligência; a relação entre funções executivas, não-executivas e inteligência; e se a relação entre inteligência e funções executivas é mais evidente do que entre inteligência e funções não-executivas conforme aumenta o nível de inteligência. Participaram 120 adolescentes de 15 e 16 anos, alunos do Ensino Médio, de ambos os sexos, de uma escola pública e três particulares do Estado de São Paulo, divididos em três grupos, quais sejam, inteligência média, inteligência superior e inteligência muito superior. O material utilizado para a coleta de dados se constituiu das Matrizes Progressivas de Raven Escala Geral, da Escala de Inteligência Wechsler para Crianças (WISC-III), do Teste de Stroop Computadorizado, do Teste de Fluência Verbal, do Teste de Trilhas B, do Teste de Vocabulário por Imagens Peabody, do Teste de Repetição de Palavras e Pseudopalavras e do Teste Figuras Complexas de Rey. Análises de Variância e de comparação de pares de Tukey revelaram diferenças significativas de desempenho entre os grupos nas medidas de QI verbal e de execução do WISC-III, fluência verbal, flexibilidade cognitiva, vocabulário e processamento visoespacial. Test t de Student evidenciou que o desempenho das meninas foi superior em relação ao desempenho dos meninos no subteste Vocabulário do WISC-III, enquanto os meninos apresentaram desempenho superior nos subtestes Informação e Cubos do WISC-III e na medida atenção seletiva avaliada pelo Stroop quando comparados com as meninas. Análises de Correlação de Pearson evidenciaram correlações entre os testes de inteligência, funções executivas e funções não-executivas, a maioria delas de baixas a moderadas, corroborando a literatura no que tange à multidimensionalidade das funções executivas e à necessidade de diferenciar tal construto em relação à inteligência. Não houve evidências de que a relação entre inteligência e funções executivas aumenta em função do nível de inteligência. Desta forma, essa investigação tentou auxiliar na compreensão da relação entre funções executivas, não-executivas e inteligência.
Descrição
Palavras-chave
avaliação , funções executivas , funções não-executivas , inteligência , assessment , executive functions , non-executive functions , intelligence
Assuntos Scopus
Citação
SOUSA, Silvia Godoy de. Executive and non-executive functions assessment of adolescents and its relation with intelligence. 2012. 193 f. Tese (Doutorado em Psicologia) - Universidade Presbiteriana Mackenzie, São Paulo, 2012.