Modulação de julgamentos morais e da satisfação com a vida após treinamento de meditação na compaixão
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Tipo
Dissertação
Data de publicação
2019-02-21
Periódico
Citações (Scopus)
Autores
Cardille, Maurício
Orientador
Boggio, Paulo Sérgio
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Membros da banca
Macedo, Elizeu Coutinho de
Tobo, Patrícia Renovato
Tobo, Patrícia Renovato
Programa
Distúrbios do Desenvolvimento
Resumo
Moral judgments and compassion are objects of constant research, at various times, in
the most diverse and wide areas of knowledge. Based on the existence of different
moral matrices, which diverge in the emphasis of some moral foundations (justice, care,
fidelity, respect, purity and liberty), there are many conflicts between people and groups
because of these distinctions. Some factors capable of interfering in moral judgments
vary from physiological, cognitive, social elements to emotional states. Compassion is
one of the emotions with the greatest potential promoter of cooperation in prosocial
attitudes. It occurs in situations where suffering, physical or emotional, concentrates
attention and leads to an assessment of the possibilities of mitigating or eliminating
pain; expressing a response in order to minimize or extinguish such suffering. Several
recent researches has shown that the capacity for compassion can be developed through
meditative practices. Such practices have the potential to generate benefits in wellbeing,
health and even neuronal plasticity. In addition, compassion has intrinsically
presents a property of judgment about the responsibility of the vulnerable individual
over their own suffering and their practice has demonstrated activation of brain regions
correlated with those activated in the tasks of moral judgment. Therefore, we evaluated
the effects of cognitive-based compassion training (CBCT) for eight weeks on
compassion, modulation of moral judgments, and satisfaction with life. This study
included healthy adults (n = 62), aged between 18 and 35 years. The experimental group
presented a significant difference with increased indices of compassion, satisfaction
with life and the moral foundation of loyalty. There was also a significant difference
demonstrating greater tolerance for dictatorial or abusive behavior on freedom of
opinion or decision making. These results are similar those of other studies that evaluate
the effect of these trainings on well-being and compassionate capacity and inspire
further research on their impact on moral judgments.
Os julgamentos morais e a compaixão são objetos de constantes pesquisas, em várias épocas, nas mais diversas e amplas áreas do conhecimento. Baseado na existência de diferentes matrizes morais, que divergem na ênfase de alguns fundamentos morais (justiça, cuidado, fidelidade, respeito, pureza e liberdade), ocorrem muitos conflitos entre pessoas e grupos por causa dessas distinções. Alguns fatores capazes de interferir nos julgamentos morais variam desde elementos fisiológicos, cognitivos, sociais até estados emocionais. A compaixão é uma das emoções com maior potencial promotor de cooperação em atitudes pró-sociais. Ela ocorre em situações em que o sofrimento, físico ou emocional, concentra a atenção e leva a avaliação das possibilidades de atenuar ou eliminar a dor; expressando uma resposta no sentido de minimizar ou extinguir tal sofrimento. Várias pesquisas recentes demonstraram que a capacidade de compaixão pode ser desenvolvida por meio de treinamentos compostos por práticas meditativas. Tais práticas têm o potencial de gerar benefícios no bem-estar, saúde e até na plasticidade neuronal. Além disso, a compaixão apresenta intrinsecamente uma propriedade de julgamento sobre a responsabilidade do indivíduo vulnerável sobre o seu próprio sofrimento e sua prática demonstrou ativação de regiões cerebrais correlatas com as ativadas nas tarefas de julgamento moral. Por isso, avaliamos nesta pesquisa os efeitos de treinamento de compaixão com base cognitiva (CBCT), durante oito semanas, quanto a compaixão, a modulação dos julgamentos morais e a satisfação com a vida. Participaram desta pesquisa adultos saudáveis (n=62) com idades entre 18 e 35 anos. O grupo experimental apresentou diferença significativa com aumento dos índices de compaixão, de satisfação com a vida e no fundamento moral da lealdade. Também houve diferença significativa demonstrando maior tolerância com comportamentos ditatoriais ou abusivos sobre a liberdade de opiniões ou tomadas de decisões. Esses resultados são semelhantes a outros estudos que avaliam o efeito desses treinamentos sobre o bem-estar e a capacidade compassiva e inspiram outras pesquisas sobre seus impactos sobre os julgamentos morais.
Os julgamentos morais e a compaixão são objetos de constantes pesquisas, em várias épocas, nas mais diversas e amplas áreas do conhecimento. Baseado na existência de diferentes matrizes morais, que divergem na ênfase de alguns fundamentos morais (justiça, cuidado, fidelidade, respeito, pureza e liberdade), ocorrem muitos conflitos entre pessoas e grupos por causa dessas distinções. Alguns fatores capazes de interferir nos julgamentos morais variam desde elementos fisiológicos, cognitivos, sociais até estados emocionais. A compaixão é uma das emoções com maior potencial promotor de cooperação em atitudes pró-sociais. Ela ocorre em situações em que o sofrimento, físico ou emocional, concentra a atenção e leva a avaliação das possibilidades de atenuar ou eliminar a dor; expressando uma resposta no sentido de minimizar ou extinguir tal sofrimento. Várias pesquisas recentes demonstraram que a capacidade de compaixão pode ser desenvolvida por meio de treinamentos compostos por práticas meditativas. Tais práticas têm o potencial de gerar benefícios no bem-estar, saúde e até na plasticidade neuronal. Além disso, a compaixão apresenta intrinsecamente uma propriedade de julgamento sobre a responsabilidade do indivíduo vulnerável sobre o seu próprio sofrimento e sua prática demonstrou ativação de regiões cerebrais correlatas com as ativadas nas tarefas de julgamento moral. Por isso, avaliamos nesta pesquisa os efeitos de treinamento de compaixão com base cognitiva (CBCT), durante oito semanas, quanto a compaixão, a modulação dos julgamentos morais e a satisfação com a vida. Participaram desta pesquisa adultos saudáveis (n=62) com idades entre 18 e 35 anos. O grupo experimental apresentou diferença significativa com aumento dos índices de compaixão, de satisfação com a vida e no fundamento moral da lealdade. Também houve diferença significativa demonstrando maior tolerância com comportamentos ditatoriais ou abusivos sobre a liberdade de opiniões ou tomadas de decisões. Esses resultados são semelhantes a outros estudos que avaliam o efeito desses treinamentos sobre o bem-estar e a capacidade compassiva e inspiram outras pesquisas sobre seus impactos sobre os julgamentos morais.
Descrição
Palavras-chave
fundamentos morais , compaixão , meditação , bem-estar
Assuntos Scopus
Citação
CARDILLE, Maurício. Modulação de julgamentos morais e da satisfação com a vida após treinamento de meditação na compaixão. 2019. 111 f. Dissertação (Distúrbios do Desenvolvimento) - Universidade Presbiteriana Mackenzie, São Paulo, 2019.