Alterações do sono em crianças adolescentes e adultos com Síndrome de Down

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Tipo
Tese
Data de publicação
2021-08-06
Periódico
Citações (Scopus)
Autores
Callegari, Marilia Rezende
Orientador
Assis, Silvana Maria Blascovi de
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Membros da banca
Brunoni , Décio
Coelho , Fernando Morgadinho Santos
Fernandes, Marcelo
Herrero, Dafne
Programa
Distúrbios do Desenvolvimento
Resumo
Introdução: Os distúrbios de sono têm impacto negativo na saúde, estando associado a problemas neurocognitivos, transtornos de humor e ansiedade, doenças cardiovasculares e obesidade, além de influenciar diretamente no desenvolvimento e aprendizado em crianças. Diversas características clínicas da Síndrome de Down (SD) têm o potencial de elevar o risco de distúrbios do sono, aumentando o risco principalmente do distúrbio respiratório do sono (DRS). Objetivo: Avaliar o padrão de sono de pessoas com SD e correlacionar as alterações com a funcionalidade, comportamento e desempenho motor. Método: O estudo foi de caráter transversal, para avaliação do padrão de sono em crianças, adolescentes e adultos com SD. Para avaliação do grupo de crianças e adolescentes (G1) foram avaliados 37 participantes através do Questionário de hábitos de sono das crianças (CSHQ), da Escala de Distúrbios de Sono em crianças, do inventário PEDI e do Questionário de Capacidades e Dificuldades (SDQ). No grupo adulto (G2) foram avaliados 22 participantes através do Índice de Qualidade do Sono de Pittsburgh, da Medida de Independência Funcional (MIF) e do SDQ. Os participantes que apresentaram indicativos de presença de distúrbios pelos questionários de triagem foram indicados ao exame de Polissonografia (PSG). Resultados: Foi encontrado prejuízo na arquitetura de sono pelo aumento do índice de despertares em 100% dos participantes, diminuição na quantidade de ondas lentas principalmente nos adultos, e alta prevalência de DRS em todas as faixas etárias, com maiores médias nos Índices de Apneia e Hipopnéia (IAH) no grupo adulto, indicando correlação significante entre a idade e o IAH (p = 0,007) neste grupo. Houve correlação negativa entre a qualidade de sono e a funcionalidade global (r= - 0,531; p = 0,011), e as dimensões motora (r= -0,389; p=0,074), cognitiva (r= -0,538; p=0,010) e cuidados pessoais (r= -0,391; p=0,072) de adultos com SD. As alterações de comportamento global e comportamentos de hiperatividade foram relacionados à pior qualidade do sono (r=0,391, p=0,072; r=0,511; p=0,015, respectivamente). Não foram encontradas correlações entre os problemas de sono, a funcionalidade e alterações de comportamento em crianças e adolescentes. Conclusão: Existe prejuízo na qualidade de sono de crianças, adolescentes e adultos com SD, com aumento de índice de despertares em todas as faixas etárias, e diminuição na quantidade de ondas lentas nos adultos, e alta prevalência de DRS em todas as faixas etárias, com maiores médias nos IAH no grupo adulto, indicando correlação significante entre a idade e o IAH neste grupo. As correlações encontradas indicam que os prejuízos na qualidade de sono afetam mais os adultos do que crianças e adolescentes nos aspectos funcionais e comportamentais.
Descrição
Palavras-chave
Síndrome de Down , trissomia do 21 , sono , distúrbios de sono , polissonografia , desempenho funcional
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