Medicamentos mais utilizados no manejo da dor de pacientes idosos sob cuidados paliativos em um hospital da rede pública de Curitiba - PR

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Date
2019Author
Faidiga, Lucas Henrique Rinaldi
Author
Moreira, Matheus Henrique de Magalhães
Advisor
Krebs, Cecilia Neves
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RESUMO
Introdução: O envelhecimento da população no Brasil acarreta aumento da prevalência de doenças crônicas, dolorosas e, muitas vezes, incuráveis e ameaçadoras da vida. A medicina paliativa mostra-se como a melhor estratégia quando se objetiva qualidade de vida, dignidade e conforto dos pacientes sob esta condição, além de minimizar condutas iatrogênicas. Um dos pilares dessa área médica é tratamento farmacológico da dor e a observação acerca dos compostos ativos e drogas mais utilizadas, essencial para o entendimento deste fino manejo de sintoma tão relevante. Objetivo: Analisar as classes e medicações mais utilizadas para alívio da dor em pacientes idosos sob cuidados paliativos, bem como identificar a presença de um padrão neste manejo, tendo como base a primeira e a última prescrição em um internamento hospitalar. Metodologia: Efetuou-se estudo retrospectivo de coorte com 126 pacientes, com idade superior a 60 anos, no período de 01 de janeiro de 2017 a 31 de outubro de 2018 em um hospital da rede pública do município de Curitiba, Paraná. Foi realizada uma divisão dos medicamentos em: analgésicos puros, AINH, analgésicos opióides fracos e fortes, e adjuvantes. Rastreou-se também o padrão de prescrição nesses pacientes com base no histórico de prescrição, primeira e última prescrição de um internamento. Subsequentemente realizou-se estatística e gráfica das classes medicamentosas percentualmente mais utilizadas e se houve ou não o uso concomitante de classes. Resultados: A distribuição entre os sexos constatou prevalência feminina de 73 mulheres (57,94%) contra 53 homens (42,06%). A predominância da faixa etária foi maior com os pacientes acima de 80 anos com 76 dos pacientes (60,32%). A terapia combinada foi utilizada em 109 pacientes (86,51%) na primeira prescrição e em 120 pacientes (95,24%) na última. A classe de medicamento mais prevalente foi o analgésico puro com 92,06% das prescrições totais. Uma avaliação quantitativa indica que entre as 126 prescrições iniciais, 115 (91,26%) continham dipirona entre seus elementos, além de 119 das últimas (94,44%), valores que representam uma elevação de 3,17 pontos percentuais e 3,47% de taxa de aumento. Já com relação à morfina, ela foi prescrita inicialmente para 17 pacientes (13,49%) em contraposição à 80 nos conjuntos de medicação final (63,49%), dado que representa um ganho de 50 pontos percentuais e 78,75% de taxa de aumento. Conclusão: A classe medicamentosa mais utilizada no manejo da população alvo deste estudo foi analgésico puro, sendo a dipirona seu principal representante. O padrão de prescrição ocorreu de forma majoritária com terapia combinada, através da associação de analgésicos combinados entre si e entre adjuvantes. Outro padrão encontrado foi incremento da última prescrição com analgésico opióide forte em associação ao analgésico puro e ao adjuvante.
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