Programa parental de práticas educativas e seu efeito sobre saúde mental dos pais e perfil cognitivo e comportamental de crianças com TDAH.
Tipo
Tese
Data de publicação
2020-02-18
Periódico
Citações (Scopus)
Autores
Ribeiro, Adriana de Fátima
Orientador
Carreiro, Luiz Renato Rodrigues
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Membros da banca
Martin, Maria Aparecida Fernandes
Baraldi, Gisele da Silva
Carpigiani, Berenice
Periotto, Maria Suelí
Baraldi, Gisele da Silva
Carpigiani, Berenice
Periotto, Maria Suelí
Programa
Distúrbios do Desenvolvimento
Resumo
As práticas educativas parentais contribuem para o desenvolvimento afetivo e cognitivo das crianças desde os primeiros anos de vida. Esses aspectos relacionais tornam-se ainda mais importantes ao se tratar de famílias de crianças com Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade/Impulsividade (TDAH). Os comportamentos frequentemente observados em crianças com TDAH, estão relacionados com a atividade motora excessiva, dificuldade de planejamento, inquietude, desatenção, impulsividade, irritabilidade e prejuízo escolar, tornando-os mais dependentes da monitoria de seus pais. Os programas de orientações aos cuidadores têm-se mostrado como uma alternativa de êxito no desenvolvimento de comportamentos mais adequados tanto dos pais como também de seus filhos. Com isso, o projeto tem como objetivo geral, desenvolver, implementar e avaliar os efeitos de um programa de intervenção parental de práticas educativas sobre dificuldades emocionais dos pais e nos aspectos cognitivos e comportamentais de crianças com TDAH. A amostra constituiu-se de 16 participantes, sendo quatro mães e dois pais, cinco crianças com TDAH, entre 8 e 11 anos, e seus respectivos professores. Os instrumentos para a coleta de dados dos pais foram: a) inventário de estilos parentais (IEP); b) BAI e BDI das escalas Beck (ansiedade e depressão); c) inventário de estresse (ISSL); d) qualidade de vida (WHOQOL-bref); e) inventário de auto avaliação (ASR/18-59). Os instrumentos para avaliar as crianças foram: a) inventário de comportamentos para crianças e adolescentes (CBCL-6/18); b) questionário de sinais de desatenção e hiperatividade baseado no DSM-5; c) escala de transtorno do déficit de atenção hiperatividade (Benczik); d) inventário de comportamentos para crianças e adolescentes (TRF/6-18); e) desempenho contínuo de Conners (CPT); f) teste de TRILHAS; g) atenção por cancelamento (TAC); h) índice de memória operacional (IMO) da escala de inteligência (WISC-IV); i) teste dos Cinco Dígitos (FDT). O estudo envolveu sete etapas: (1) análise do banco de dados (2); constituição do grupo; (3) avaliação pré-intervenção; (4) aplicação do programa parental; (5) avaliação pós-intervenção; (6) follow up; (7) avaliação pós-follow up, devolutiva e entrega dos relatórios aos pais. Os dados provenientes dos instrumentos de avaliação foram analisados de modo quantitativo e de acordo com seus manuais e comparados com a sua amostra de padronização. Foram conduzidas análises descritivas das informações mediante o uso de tabelas e de gráficos de frequência simples e comparações dos dados referentes às crianças e seus pais entre as fases de pré, de pós-intervenção e de pós-follow up. Nos resultados da avaliação inicial dos pais observou-se a presença de alguns indicadores de ansiedade, depressão e estresse. Os estilos parentais revelaram em sua maioria classificação dentro da média, médio baixo e estilo parental de risco. No decorrer do programa parental percebeu-se melhoras nos aspectos emocionais e comportamentais, assim como aumento dos estilos parentais positivos e diminuição de práticas educativas de risco. Os principais resultados apontaram que o grupo de crianças apresentou melhoras nos aspectos emocionais, comportamentais e nas habilidades cognitivas. Os cuidadores passaram a adotar práticas parentais educativas baseadas na monitoria positiva, diminuíram o uso de práticas parentais negativas em relação ao manejo dos filhos. O estudo permitiu concluir que existem evidências de que intervenções parentais para desenvolvimento de habilidades educativas no tratamento da criança com TDAH gera benefícios para a família. Os pais desenvolveram habilidades em relação ao conhecimento e manejo do transtorno e aprenderam a auxiliar os seus filhos em relação a diferentes aspectos, favorecendo o desenvolvimento escolar e social da criança.
Descrição
Palavras-chave
intervenção , práticas educativas parentais , TDAH , grupo de pais
Assuntos Scopus
Citação
RIBEIRO, Adriana de Fátima. Programa parental de práticas educativas e seu efeito sobre saúde mental dos pais e perfil cognitivo e comportamental de crianças com TDAH. 264 f. Tese (Doutorado em Distúrbios do Desenvolvimento) - Universidade Presbiteriana Mackenzie, São Paulo, 2020.