Da desconstrução da escola como espaço do fazer científico em crônicas de Rubem Alves: uma análise semiótica

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Tipo
Dissertação
Data de publicação
2008-11-14
Periódico
Citações (Scopus)
Autores
Mourão, Josiberto Carlos Ferreira Silva
Orientador
Hilgert, José Gaston
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Membros da banca
Brito, Regina Helena Pires de
Brandão, Helena Hathsue Nagamine
Programa
Letras
Resumo
O objetivo desta pesquisa é analisar o tema da desconstrução da escola como espaço do fazer científico em crônicas de Rubem Alves. O interesse pelo tema surgiu da nossa observação, em nosso contexto de trabalho, de que esse autor, de forma convergente e/ou divergente, exerce grande influência no cenário pedagógico brasileiro ao abordar a educação escolar como tema de suas crônicas. Como ponto de partida do trabalho, selecionamos três textos do autor citados com mais freqüência que constituem o corpus da pesquisa: Pinóquio às avessas, Gaiolas ou asas? e As lições dos moluscos. Nesses textos, pudemos constatar que, no discurso de Alves, se revela certa tendência em desconsiderar a escola como um lugar do fazer científico e em apresentá-la, em contrapartida, como o espaço do ideal (não real) para o fazer lúdico-empírico, traduzido no aprender com prazer . Muito embora se oponham à concepção fatalista do sistema formal de educação, tais discursos, tendo por base uma visão romântica de mundo, colaboram, a nosso ver, para desnortear a ação da escola no cultivo de valores e no exercício de funções indispensáveis para formação do cidadão frente às exigências da vida real. Para demonstrarmos que as crônicas de Rubem Alves desconstroem a escola como espaço do fazer científico e propõem para esse espaço um fazer lúdico-empírico, valemos-nos de uma análise fundamentada nos princípios teóricos e metodológicos da semiótica discursiva Greimasiana. Nesse sentido, partimos do princípio de que o discurso de Alves, com a concepção de escola que defende, apresenta uma estrutura narrativa diferente daquela que sustenta os discursos em favor de uma escola cuja meta é promover o conhecimento por meio do fazer racional-cognitivo. E, em sendo verdade, conforme a semiótica, de que narrativas distintas implicam estruturas fundamentais e realizações discursivas específicas, podemos identificar nas crônicas de Rubem Alves uma concepção de escola promotora de uma educação segundo uma visão de ideal romântico da vida em que o afeto e o prazer prevalecem como estratégias pedagógicas.
Descrição
Palavras-chave
semiótica , discurso , educação , Rubem Alves , semiotics , speech , education , Rubem Alves
Assuntos Scopus
Citação
MOURÃO, Josiberto Carlos Ferreira Silva. Da desconstrução da escola como espaço do fazer científico em crônicas de Rubem Alves: uma análise semiótica. 2008. 127 f. Dissertação (Mestrado em Letras) - Universidade Presbiteriana Mackenzie, São Paulo, 2008.