Princípios da Cirurgia - Teses - Medicina Curitiba
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Navegando Princípios da Cirurgia - Teses - Medicina Curitiba por Assunto "câncer de intervalo"
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- TeseLesões serrilhadas superficialmente elevadas e lesões deprimidas convencionais e seus riscos para carcinoma. Aspectos endoscópicos e histopatológicos. Considerações sobre a histogênese e o rastreamento do câncer colorretalParada, Artur Adolfo (2020)
Faculdade Evangélica Mackenzie do Paraná (FEMPAR)
Introdução: Nas colonoscopias há ainda muitas lesões perdidas, a proteção é menor no cólon proximal e acontecem muitos casos de carcinomas de intervalo. Objetivo: Comparar as características das lesões serrilhadas superficialmente elevadas (G1) com as lesões deprimidas (G2), que são as lesões mais difíceis de detectar durante as colonoscopias e seus riscos para câncer. Método: Estudo retrospectivo, transversal, observacional, no Hospital 9 de Julho, em São Paulo, Brasil. G1: 217 lesões serrilhadas superficiais elevadas ressecadas de janeiro 2012 - maio 2019. G2: :558 lesões deprimidas, janeiro 2006 – maio 2019. Resultados: No G1, 47 lesões IIA com 5 a 10 mm (21,7%) e 170 LST (78,3%) com > 10 mm (até 8,0 cm), em 12653 colonoscopias (1,7%). No G2, 558 lesões (IIA+IIC - 63,8%, IIC - 23,5% e IIC+IIA - 12,7%) a partir de 1 ou 2 mm (até 6,0 cm), em 36174 colonoscopias (1,5%). Idade: G1 aumentando nos > 60 anos e as deprimidas, nos > 50 anos (p -0,026). No G1 sexo feminino (63,4%) e no G2, não houve predominância (p<0,001). Tamanho médio: G1: 16,2 mm e G2: 9,2mm. G1: predomínio de 1,0 a 2,0 cm e deprimidas <10 mm (p<0,001). No G1 185 lesões < 20 mm, sendo 62,7% hiperplásicas e 37,3% ASS. Nas 32 lesões > 20 mm, 22 ASS (68,7%) e 10 PH (31,3%) (p<0,05). No G2, com um grande percentual de displasias AG em relação as de BG (p<0,001) e esta diferença se acentuou a partir de 10 mm. Localização: G1 predominou no cólon proximal e G2, no distal e reto (p<0,001). No G1, todas as 17 lesões do reto eram hiperplásicas (100%), no sigmoide, 18 de 22 (81,8%) e no descendente 18 de 19 (94,7%). Por outro lado, 94,5% dos 91 ASS se localizaram no cólon proximal. Quanto a histologia no G1 não observamos nenhum carcinoma invasivo para a submucosa e no G2, 28 casos (5,0%). Excluindo os pólipos hiperplásicos do G1 e considerando os carcinomas invasivos para a submucosa como neoplasias de alto grau no G2, ficamos com 91 adenomas sésseis serrilhados no G1, com 88 (96,7%) com alterações mucosas arquiteturais discretas (NIMBG) e 3 (3,3%) neoplasias na mucosa de alto grau (NIMAG) e no G2, 417 NIMBG e 141 Neoplasias de Alto Grau, sendo 113 na mucosa (NIMAG) e 28 adenocarcinomas invadindo a submucosa (p<0,001). Conclusão: As lesões serrilhadas ressecadas são maiores, se localizam preferencialmente no cólon proximal ao ângulo esplênico, principalmente em mulheres, a partir da sexta década e com um gradiente crescente de alterações arquiteturais do reto ao ceco. As deprimidas são menores, em todos os segmentos do cólon, em ambos os sexos, a partir da quinta década e com grau acentuado de displasia e que se mantém praticamente inalterado em relação a sua localização. Os 91 ASS apresentaram displasias intensas em 3,3% dos casos e nenhum carcinoma. As 558 lesões deprimidas apresentaram displasias intensas na mucosa em 20,2% dos casos e carcinomas invadindo a submucosa em 5,0%, totalizando neoplasia de alto risco em 25,2% das lesões deprimidas (p<0,001).