Trabalho de Conclusão de Curso (TCC)
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Navegando Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) por Assunto "acidentes por quedas"
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- TCCPerfil clínico epidemiológico de pacientes idosos em atendimento em hospital de referência que sofreram fraturas por queda de mesmo nívelJesus, Felipe Bohnen de; Medeiros, Gabriel de Cecco (2023-06-29)Introdução: O envelhecimento acarreta diversas alterações morfológicas, funcionais e bioquímicas. Entre elas, destacam-se alteração de marcha, dificuldades visuais e redução da força muscular, que são comumente observadas na população idosa. Esses fatores aumentam o risco de quedas não intencionais, sendo agravados pela perda da saúde óssea. As quedas podem resultar em escoriações, contusões, fraturas, traumas cranianos, trauma psicológico e até mesmo óbito. No Brasil, em 2018, houve cerca de 12.000 mortes relacionadas a quedas em pessoas com mais de 60 anos. Objetivo: Nesse contexto, esse estudo analisa o perfil clínico e epidemiológico de idosos que sofreram quedas do mesmo nível, comparando aqueles que apresentaram fraturas com o grupo controle não fraturado. Além disso, o estudo avaliou os fatores de risco clinicamente comprovados para o desenvolvimento da osteoporose e fraturas. Metodologia: Foi conduzido um estudo prospectivo de corte transversal observacional com 100 pacientes atendidos em um hospital escola de referência. Esses pacientes sofreram quedas não intencionais do mesmo nível no último ano e foram divididos igualmente em grupo fraturado e grupo controle não fraturado. Os participantes foram submetidos a uma série de avaliações, incluindo a coleta de dados demográficos, medidas antropométricas (como peso, altura, cálculo do IMC e circunferência do pescoço, cintura e panturrilha) e o teste de força de preensão palmar realizado com um dinamômetro hidráulico. Além disso, foram respondidos questionários para avaliar o risco de quedas, risco de fraturas usando a ferramenta FRAX e risco de osteoporose através do Teste de Risco de Osteoporose de Um Minuto da International Osteoporosis Foundation (IOF). Também foram coletadas informações sobre o uso contínuo de medicamentos. Resultados: Os resultados demonstraram diferenças significativas entre os grupos fraturado e controle em relação ao risco de fraturas de quadril e fraturas maiores, avaliados pela ferramenta FRAX. No entanto, o Teste de Risco de Osteoporose de Um Minuto da IOF não foi útil para distinguir os pacientes de ambos os grupos. No que diz respeito à avaliação de sarcopenia, foram observadas diferenças significativas entre os grupos em relação à medida da panturrilha, indicando que os indivíduos fraturados apresentaram menor circunferência nessa região. Além disso, houve diferença significativa na medida de preensão palmar, significativamente menor entre os fraturados. Verificou-se, também, relevância estatística nos valores de circunferência da cintura. Por fim, não foram encontradas diferenças significativas com relação às respostas ao questionário de quedas e nem quanto ao uso de medicamentos associados à osteoporose e quedas. Conclusão: Com base na análise dos dados, verificou-se que a ferramenta FRAX foi útil para diferenciar o grupo fraturado do grupo controle em relação ao risco de fraturas em 10 anos. Embora o Teste de Risco de Osteoporose de Um Minuto da IOF não tenha sido útil para distinguir os pacientes, ele foi fundamental para identificar a predominância de alto risco para osteoporose no grupo fraturado e baixo risco no grupo controle. Por fim, os testes antropométricos, como a medida da circunferência da panturrilha e da cintura, juntamente com o teste de preensão palmar, mostraram-se úteis para diferenciar os grupos estudados.